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O que é Colesterol?
Colesterol é um tipo de gordura produzida (sintetizada) no fígado, é uma substância muito importante para a nossa vida. Sabe-se que 70 a 80% do colesterol circulante no sangue é produzido pelo fígado, o restante provém da alimentação.
Em pequenas quantidades existentes no sangue (< 200.0 mg/dL) é fundamental na fabricação de hormônios sexuais, cortisona, vitamina D, ácidos biliares e outras funções. Enfim, sem ele o ser humano não sobreviveria. O colesterol também está contido em certos alimentos, como: ovos, carnes e derivados do leite. Quando comemos estes alimentos freqüentemente e em excesso, a taxa de colesterol no sangue pode aumentar.

Isso significa que o Colesterol é necessário para o nosso organismo?
Sim. O colesterol em quantidades normais (menor que 200,0 mg/dL) é indispensável. Veja o que está escrito na definição de colesterol, ele é fundamental para o ser humano.

Causas do aumento de Colesterol
Os níveis de colesterol podem se elevar por 2 fatores principais: o genético e a dieta.
O fator genético é o mais importante, porém dietas inadequadas também podem elevar o colesterol.
Pessoas que têm parentes diretos com colesterol alto e história familiar de aterosclerose devem ter seu colesterol dosado. O colesterol só existe nos alimentos de origem animal.

Mas por quê é tão importante manter o Colesterol baixo (menor que 200,0 mg/dL)?Mas por quê é tão importante manter o Colesterol baixo (menor que 200,0 mg/dL)?
A taxa alta de colesterol no sangue provoca o entupimento das artérias, e o excesso tende a acumular-se nas paredes, formando placas de gordura, os ateromas. Pouco a pouco eles podem “entupir” as artérias.
Este processo é chamado de ATEROSCLEROSE, grande responsável pelo infarto e derrame cerebral.
Esse risco aumenta quando a pessoa está acima de seu peso, sobrecarregando a circulação com o aumento de açúcares, gorduras e proteínas.

Quais são os sintomas da ATEROSCLEROSE*?
Usualmente, a aterosclerose não produz qualquer tipo de sintoma, até que um estreitamento acen-tuado ou obstrução de uma ou mais artérias ocorra. A medida que a aterosclerose estreita a artéria, o órgão afetado pode deixar de receber sangue suficiente para oxigenar os tecidos.

O que significa "Colesterol Total", "Bom Colesterol"e "Mau Colesterol"?
Existem vários tipos de colesterol circulando no sangue. A soma de todos eles (HDL,LDL, VLD) chama-se "colesterol total". O "bom colesterol" (HDL), é assim chamado porque retira o colesterol das células e facilita sua eliminação do organismo.
O "mau colesterol" (LDL), faz o inverso, ajuda o colesterol a entrar nas células, favorecendo que o excesso seja acumulado nas artérias sob forma de placas de gordura, por isso é chamado de "Mau Colesterol".

O que significa cada uma das abreviaturas que você encontra no laudo do seu exame?
LDL: Abreviatura de low-density-lipoproteins, lipoproteínas de baixa densidade, também conhecidas como "mau colesterol".
HDL: Abreviatura de high-density-lipoproteins, lipoproteínas de alta densidade, também conhecidas como "bom colesterol".
VLDL: Abreviatura de very-low-density-lipoproteins, lipoproteínas de muito baixa densidade.

Quais são os valores normais do Colesterol?
Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (1996), juntamente com outras Sociedades da área de saúde , foi elaborado um documento importante denominado Consenso Brasileiro sobre Dislipidemias, onde foram retirados os valores que são considerados como referência em nosso país. Vide abaixo:

O que fazer quando o colesterol aumenta significativamente?
Algumas doenças levam ao aumento do colesterol, como o hipotireoidismo (diminuição da produção de hormônios pela tiróide), doenças nos rins, das glândulas supra-renais e outros. Procure o seu médico com urgência.

O que fazer para reduzir o nível de colesterol?
- Leite pobre em gordura (desnatado) e iogurtes desnatados ou "light";
- Dê preferência aos queijos magros (frescal, ricota, cottage) e às margarinas cremosas ou halvarinas;
- Prepare os alimentos utilizando óleos vegetais, como: soja, milho, canola, girassol e azeite de oliva;
- Cuidado com as frituras, principalmente as feitas com banhas e manteigas;
- Varie as carnes, intercalando carne bovina com aves e peixes;
- Remova a gordura visível das carnes e a pele das aves (se possível antes do preparo);
- Comer alimentos ricos em fibras: aveia, pães integrais e maçãs (além de reduzir as taxas de colesterol ajudam você a sentir-se saciado);
- Evite preparações que contenham: creme de leite, chantilly, maionese, chocolate, gordura hidrogenada e leite condensado; 
- Consuma ovos e preparações com gemas de forma moderada;
- Para o tempero de saladas utilize azeite de oliva, limão e vinagre; 
- As massas devem ser acompanhadas por molhos vermelhos ou vegetais;
- Utilize o forno ou o microondas para o preparo de milanesas e empanados;
- Prefira salgadinhos assados aos fritos;
- Frios e embutidos (lingüiça e salsicha) à base de aves podem ser consumidos;
- Frutas em calda, picolés de frutas, gelatinas, geléias, são isentos de colesterol ou gorduras, mas cuidado com as calorias, pois engordam e o açúcar pode aumentar o nível de triglicérides do sangue;
- Comer frutas e vegetais;
- Ao compor a refeição, intercale alimentos industrializados com alimentos naturais;
- Utilize sal com moderação. Cuidado com o uso abusivo do saleiro de mesa;
- Mantenha um peso saudável;
- Faça exercícios orientados sempre por um profissional;
- O que recomenda o Dr. Cooper para as pessoas com mais de 40 anos que desejam iniciar um programa de exercícios físicos? Antes de mais nada, cada pessoa deve consultar o seu médico e ter dele a aprovação para seu plano de condicionamento. Quem está fora de forma não deve querer resolver tudo nos primeiros dias. O ideal é começar devagar e aumentar gradativamente;
- Evite o tabagismo (NÃO FUME);
- Evite a ingestão de álcool ou o faça com moderação.

O que fazer quando a alimentação saudável e o exercício físico não reduz o colesterol?
Se comendo corretamente, se exercitando e modificando hábitos (como, por exemplo, parar de fumar), não reduzir as taxas de colesterol após seis meses, procure o seu médico.

Câncer de Próstata e PSA

Câncer de Próstata
Só existe um modo seguro de se curar o câncer da próstata: descobrindo-o precocemente, ou seja, submetendo-se ao exame preventivo. EXAME DE SANGUE (PSA) E TOQUE RETAL. O exame preventivo deve ser realizado por urologista, anualmente, a partir dos 45 anos. Dessa forma, consegue-se detectar tanto a Hiperplasia prostática benigna (HPB) quanto o câncer em fase inicial e ainda curável. 

Próstata
A próstata é um órgão pequeno, do tamanho de uma castanha, com peso aproximado de 20 gramas, localizada logo abaixo da bexiga do homem (vide figura). A função da próstata é produzir parte do líquido que forma o sêmen.

Principais doenças da próstata
As doenças da próstata são comuns e atingem desde o homem jovem até o idoso, predominando a partir dos 50 anos.
 

1) Hiperplasia prostática benigna (HPB)
É o aumento do volume da próstata. É um crescimento benigno que ocorre após os 40-45 anos em diante, sendo mais comum a partir dos 60 anos. As causas deste aumento ainda não são bem determinadas. O crescimento da próstata comprime a uretra prostática determinando uma série de sintomas obstrutivos do trato urinário.
São sintomas comuns da HBP: ardência ao urinar, levantar várias vezes a noite para urinar, sensação de não ter esvaziado completamente a bexiga após urinar, aumento do número de micções, gotejamento acentuado no final da micção.

2) Prostatite
Prostatite é um termo usado para designar inflamações da glândula prostática. Uma próstata inflamada pode causar uma grande variedade de sintomas, sendo os mais comuns: dor e queimação à micção, necessidade freqüente e urgente de urinar, dor testicular ou dor nas costas. A prostatite pode ser bacteriana aguda, crônica ou não bacteriana.

3) Câncer de próstata
É a terceira causa de morte por câncer em homens, só sendo superado pelo câncer de pulmão e de pele. O câncer de próstata atinge principalmente homens acima de 50 anos de idade. Estatísticas afirmam que, aos 50 anos, 1 em cada 4 homens apresentam células cancerígenas na próstata. Aos 80 anos, esta relação cresce para 1 em cada 2 homens. Enquanto você envelhece, o seu risco de desenvolver câncer de próstata aumenta. Apesar do homem ter uma chance de 30% de desenvolver câncer de próstata ao longo da sua vida, somente 3% destes morrerão por causa da doença.
Não se sabe ao certo o que causa o câncer de próstata, porém sabe-se que alguns fatores, tais como transmissão genética e hormônios podem estar implicados.

SINTOMAS DO CÂNCER DE PRÓSTATA
Nem sempre o homem apresenta sintomas evidentes logo no início da doença, o que dificulta o diagnóstico precoce. Os principais sintomas do câncer de próstata são o hábito de levantar várias vezes à noite para urinar, dificuldades no ato de urinar e dor para urinar. Normalmente, o homem percebe uma alteração na micção, com dor ou mesmo queimação ao urinar. Muitas vezes o paciente se queixa de dificuldade, tanto no início como para parar de urinar. O fluxo de urina nem sempre sai completamente, urinando aos poucos. Outras vezes, pode-se queixar de constante dor na região pélvica, nas costas ou mesmo na parte superior da coxa. Outros pacientes podem apresentar dor ao ejacular.

O QUE É PSA, E COMO NÓS MEDIMOS?
PSA quer dizer Antígeno Prostático Específico (em inglês Prostate Specific Antigen). É um exame de sangue usado como ferramenta para o diagnóstico da presença de câncer de próstata. O PSA é uma proteína encontrada no sangue que é única ou específica para a próstata. Os níveis (valores quantificados) de PSA podem ser medidos no soro de um indivíduo e com esta informação é possível fazer uma triagem para o diagnóstico de câncer de próstata .

POR QUE USAR O PSA COMO TRIAGEM PARA CÂNCER DE PROSTATA?
O uso rotineiro de PSA (exame de sangue) com o exame digital da próstata melhorou espetacularmente a condição de diagnosticar o câncer de próstata precocemente, e possivelmente em uma fase mais curável que antes da existência deste exame (PSA).

O QUE CAUSA O AUMENTO DO PSA?
PSA só se encontra em homens e está presente em todo o tecido de próstata normal. As células de câncer de próstata tendem a formar e escoar mais PSA na circulação sangüínea, por esta razão são medidos os níveis de PSA. Conhecendo este fato, foi pesquisada e encontrada uma série de valores de PSA em pacientes com a glândula prostática normal. Acredita-se e ficou demonstrado que o valor de PSA deveria ser menor que 4,0. Este número é um pouco arbitrário, mas reflete pesquisas onde a maioria dos homens (95%) com glândulas de próstata normais tenha um valor de PSA de 4,0 ou menos. Atualmente já existe valores normais nas diversas faixas etárias (vide valores de referência conforme a idade ).

Além disso, é importante ter em conta que nem todos os pacientes com câncer de próstata têm um PSA elevado. Até 20% do câncer de próstata diagnosticados acontecem em homens cujos valores de PSA são menores que 4,0 e é também por esta razão que além do exame de sangue é muito importante o exame da próstata pelo Urologista.

A causa não cancerosa mais comum com níveis de PSA elevados é a hiperplasia benigna da próstata (já descrito anteriormente). A HBP não é nenhum câncer, nem conduzirá ao câncer, mas a HBP pode causar uma falsa elevação de valores de PSA.

Outra causa comum de falsa elevação do valor de PSA é a prostatite. A inflamação faz o PSA escoar na circulação sangüínea aumentando os níveis de PSA (tem relatos de valores > 50,0 ng/mL). Até mesmo um exame retal simples pode fazer o PSA subir um pouco. Ficou demonstrado que a ejaculação pode causar um aumento no nível de PSA em alguns homens durante aproximadamente 48 horas. Se possível, o paciente não deveria ejacular durante 48 horas antes de um teste de PSA. Se a ejaculação aconteceu e o PSA é elevado, é necessário uma repetição do teste. O que significa dizer que aquele PSA não é uma medida de câncer, e que um PSA elevado não quer dizer que você tem câncer. O ÚNICO teste que determinará a presença de câncer com certeza é uma biópsia da próstata e o exame anatomo-patológico do tecido.

A IDADE TEM A VER COM NÍVEIS DE PSA?
Recentes estudos sugeriram que níveis 4,0 ng/mL são muito altos para homens jovens e muito baixo para homens mais velhos. Alguns investigadores recomendam os níveis seguintes:

Idade Níveis de PSA

40-50 0 a 2,5 ng/mL
50-60 0 a 3,5 ng/mL 
60-70 0 a 4,5 ng/mL
70-80 0 a 6,5 ng/mL

O QUE FAZEMOS COM UM NÍVEL DE PSA ELEVADO?
É bom lembrar: o PSA é somente um teste que diz da possibilidade de câncer de próstata. Um PSA normal não quer dizer que você não tem câncer de próstata. Significa que você tem mais baixo risco de ter um câncer de próstata. Reciprocamente, um PSA elevado não quer dizer que você necessariamente tenha câncer. Significa dizer que você tem maior risco que alguém cujo PSA é mais baixo.

PROBABILIDADE DE CÂNCER DE PRÓSTATA BASEADO EM RESULTADOS DE PSA

0-2 ng/mL - 1%
2-4 ng/mL - 15%
4-10 ng/mL - 25-35%
> 10 ng/mL - >50%

PSA menores que 4,0 ng/mL - Se o seu nível de PSA foi pela primeira vez menor que 4, recomenda-se repetir o teste anualmente 

PSA maior que 4,0 ng/mL - Vide valores de referência para a idade e procure o seu Urologista de confiança.

PODE HAVER VARIAÇÃO DE RESULTADOS DE PSA QUANDO O EXAME É REALIZADO EM 2 OU 3 LABORATÓRIOS ?
Sim. Apesar de inúmeros esforços para padronizar os testes de PSA, existem diferenças significativas entre as diversas metodologias existentes no mercado. Por esta razão é importante que o laboratório informe ao médico a identificação do teste usado e a sua condição no qual o mesmo foi processado. Alguns testes podem ser realizados por processos manuais, semi-automatizados e totalmente automatizados e em cada situação existem diferenças bem definidas e conhecidas quanto à sensibilidade e reprodutibilidade. 

É um erro confirmar resultado de PSA solicitando exame para diferentes laboratórios, além das variabilidades pré-analíticas conhecidas, existem diferenças entre técnicas e metodologias usadas.

Atualmente encontra-se no mercado pelo menos 30 kits de diferentes procedências e diferentes preços para medir níveis de PSA no sangue.

QUAL A IDADE IDEAL PARA INICIAR A DOSAGEM DO PSA?
Em novembro de 1992, a Sociedade Americana de Câncer recomendou para detecção precoce de câncer da próstata, exame de Toque Retal e PSA sangüíneo, anualmente, a partir de 50 anos. Os homens com maior predisposição, isto é, com história familiar de câncer de próstata (tio, pai, irmão, avô) ou os de raça negra, é aconselhável a partir de 40 anos.
 
Diabetes Mellitus
7O diabetes mellitus é uma doença decorrente da falta de produção ou déficit da ação da insulina, com conseqüente elevação de glicose no plasma. Essa doença pode ser diagnosticada através de dosagens de glicose em jejum ou da realização de teste oral de tolerância à glicose, conforme indicação do médico assistente. Existem dois tipos de diabetes mellitus: o tipo 1, que é mais freqüente em jovens e ocorre devido à produção insuficiente de insulina; o tipo 2, que ocorre predominantemente em adultos, nos quais a insulina é produzida, mas não age adequadamente nas células, para metabolizar a glicose. O diabetes mellitus tem tratamento e pacientes com essa patologia devem ser acompanhados por médicos endocrinologistas, para orientação quanto aos hábitos alimentares e avaliação da necessidade do uso de medicamentos.
 
O que é diabetes mellitus?
É uma síndrome de etiologia múltipla, decorrente da falta de insulina e/ou da incapacidade da insulina exercer adequadamente o seu efeito.
A insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas, fundamental da metabolização (utilização) da glicose, principal fonte de energia do organismo. Conseqüente à falta da ação da insulina, ocorre a elevação da glicose no sangue (hiperglicemia), que caracteriza o diabetes.

O que significam os termos diabetes tipo1 e diabetes tipo 2?
O diabetes tipo 1 é mais freqüente em jovens e se caracteriza, principalmente, pela produção insuficiente de insulina pelo organismo.
O diabetes tipo 2 é mais freqüente em adultos, muitos deles obesos. Neste caso, o organismo pode produzir alguma quantidade de insulina, mas esta não consegue agir adequadamente nas células do corpo para exercer a transformação da glicose em energia.

Quais as causas do diabetes mellitus?
Essa é uma doença causada por fatores genéticos e ambientais, ou seja, o indivíduo nasce com a predisposição para desenvolver o diabetes, sendo que fatores ambientais como a obesidade, quadros infecciosos, traumas emocionais e gravidez, entre outros, podem favorecer o seu aparecimento.

Quando suspeitar se um indivíduo tem diabetes mellitus?
Os sintomas clássicos do diabetes são muita sede, vontade de urinar e fome, cansaço, turvação da visão e emagrecimento. Tais sintomas, entretanto, podem estar ausentes. Assim, algumas pessoas poderão já estar diabéticas por um longo período antes que se estabeleça o diagnóstico. Por esse motivo existem os programas de rastreamento do diabetes que visam diagnosticar, precocemente, a doença.

Como é feito esse rastreamento e em quem deve ser realizado?
O rastreamento do diabetes mellitus é realizado através da dosagem da glicose no sangue. Existem fatores de risco que predispõem ao diabetes.
Dois ou mais desses fatores presentes num indivíduo aumentam o risco para o desenvolvimento da doença. A lista abaixo cita alguns desses fatores. O médico assistente, baseado na história e no exame físico de cada paciente, é quem definirá se este possui os fatores de risco, e quando a dosagem da glicose no seu sangue estará indicada.
- Indivíduos com mais de 45 anos
- Pais, filhos ou irmãos com diabetes mellitus
- Obesidade
- Vida sedentária
- Algumas alterações de gorduras no sangue
- Pressão alta
- Problemas nas coronárias (que predispõem ao infarto)
- Nas mulheres, histórico de diabetes mellitus em gestações anteriores

Como é feito o diagnóstico de diabetes mellitus?
A maneira mais prática de se fazer o diagnóstico é através da dosagem da glicose em jejum, podendo ser necessária uma segunda dosagem para a confirmação, a critério do médico assistente. Quando, mesmo com duas dosagens, os níveis obtidos na dosagem da glicose em jejum não esclarecerem o diagnóstico, o médico poderá solicitar o Teste Oral de Tolerância à Glicose (TOTG), que consiste em se fazer uma sobrecarga de glicose, através da ingestão de um líquido bastante açucarado, para se avaliar o quanto a glicose sangüínea se elevará. Nesse caso, além de uma primeira coleta em jejum, haverá uma outra duas horas após, ou conforme determinar o médico assistente.
OBS.: Em grávidas, esse teste pode ser realizado de formas alternativas, com quantidades diferentes de açúcar na solução e com tempos diferentes de coleta após a ingestão de solução.

Como prevenir o diabetes mellitus?
Indivíduos predispostos a apresentar diabete poderão evitar ou, pelo menos, retardar o aparecimento da doença através de hábitos alimentares saudáveis, com a manutenção do peso adequado, e evitando o sedentarismo.

O diabetes mellitus tem cura?
O diabetes não tem cura, mas pode ser controlado seguindo-se as recomendações médicas. Resumidamente, estas seriam:
- Reeducação dos hábitos alimentares, através de uma alimentação equilibrada, tanto em qualidade como em quantidade.
- O seguimento de orientação alimentar prescrita pelo médico é um dos principais determinantes do sucesso do tratamento.
- Aumento da atividade física, através de exercícios físicos regulares, após avaliação e conforme prescrição médica.
- O tratamento com medicamentos orais pode ser necessário no diabético tipo 2. Os principais grupos de medicamentos são os que aumentam a secreção da insulina e os que aumentam a sua ação no organismo.
- O tratamento com insulina geralmente é indicado para o paciente com diabetes tipo 1. Em determinados casos, a insulina também pode ser necessária para o paciente com diabetes tipo 2, associada ou não a medicamentos orais.

Quais as conseqüências do diabetes mal controlado?
As complicações do diabetes geralmente ocorrem a longo prazo e incluem danos, disfução e até falência de vários órgãos, especialmente rins, olhos, nervos, vasos sangüíneos. Como geralmente evoluem silenciosamente, os sintomas podem demorar a ser percebidos e, por isso, a avaliação médica periódica é muito importante.
 
Alergias
A alergia é uma reação exagerada do organismo a determinadas substâncias, que recebem o nome de alérgenos. Cerca de 20% da população sofre de alguma alergia e a probabilidade de desenvolvimento desta aumenta em filhos de pais alérgicos. As manifestações clínicas das alergias variam desde crises de asma, rinites, manchas vermelhas na pele, até reações urticariformes, entre outras. Quando o alérgeno é conhecido, medidas preventivas, como o afastamento das substâncias, devem ser tomadas. Quando o alérgeno não é conhecido, deve-se utilizar a dosagem laboratorial de IgE específica para identificar o alérgeno e aplicar as medidas preventivas.

O que é alergia?
A alergia consiste em reações exageradas que o organismo sofre quando entra em contato com determinadas substâncias (alérgenos), mesmo que em quantidades pequenas. Cerca de 25% da população sofre de alguma forma de alergia. As formas alérgicas mais comuns são: a asma (bronquite alérgica ou bronquite asmática), a rinite alérgica e as alergias cutâneas.
 
Alergia é uma doença?
Trata-se mais de uma característica individual do que propriamente de uma doença. O indivíduo alérgico é aquele que reage de forma exacerbada a determinado estímulo, considerado normal para outro indivíduo não alérgico. Digamos que os indivíduos alérgicos possuem um limiar de tolerância inferior a certos estímulos.

Como ficamos alérgicos?
A alergia não aparece da noite para o dia. A cada vez que nosso organismo tem contato com uma substância estranha (antígeno), ele produz uma substância chamada de anticorpo. Esse anticorpo se liga a determinadas células do nosso organismo e faz com que estas liberem substâncias responsáveis pelos sintomas clínicos das reações alérgicas.

O que é alérgeno?
O alérgeno é o termo usado para a substância que causa reação alérgica. Alguns estão no ar como o pólen ou os fungos; outros são encontrados em alimentos como, por exemplo, no leite, nos frutos do mar ou nos ovos. Alguns insetos têm alérgenos em seu veneno; assim como, certas plantas possuem também substâncias alergênicas. No ambiente doméstico, os alérgenos encontrados mais freqüentemente são os tão conhecidos "ácaros".

Existe uma predisposição para alergia?
Sabemos que crianças de pais alérgicos têm maior probabilidade de serem alérgicas. Crianças que possuem um de seus pais alérgicos têm 20 a 30% de chances de serem alérgicas, enquanto filhos de ambos os pais alérgicos já têm uma probabilidade de 60%. Por outro lado, a alergia pode se desenvolver em qualquer fase da vida e até mesmo em pessoas sem histórico familiar; basta para isso, que a exposição desse indivíduo a determinado alérgeno ultrapasse o seu limiar de tolerância.

Quais são os diferentes tipos de alergias?
Quando a reação alérgica ocorre no sistema respiratório, podemos ter desde uma rinite alérgica até crises asmáticas de intensidades variáveis. Quando o órgão acometido é a pele, podemos ter desde pequenas manchas avermelhadas, como reações alérgicas a picadas de insetos, até reações urticariformes gigantes.

Como evitar as alergias?
Quando se conhece o responsável pela alergia, como por exemplo em uma alergia alimentar, basta evitar o alimento na dieta. Quando o agente está presente no ar como a poeira ou os fungos, podemos tentar reduzir o seu contato através do que chamamos de controle ambiental. Este consiste em cuidados diversos para diminuir o contato com os alérgenos no ambiente domiciliar, como por exemplo o uso de protetores plásticos de colchão e travesseiros, de pano úmido diariamente nos pisos da casa, a troca das cortinas por persianas,etc. É possível também diminuir aos poucos a sensibilidade do indivíduo ao(s) alérgeno(s) através de imunoterapia (vacinas específicas) realizada com supervisão médica.

É possível identificar os agentes responsáveis pelas alergias?
Além dos testes clínicos de provocação oral (exclusão e reintrodução do alimento "suspeito" da dieta), existe hoje uma série de métodos para avaliação diagnóstica das alergias, entre eles: • Testes alérgicos que podem ser de leitura imediata (de 15 a 20 minutos); intradérmicos de provocação ou de contato (resultado em 72 horas); • Exame de sangue (dosagem de IgE total e específica) – neste teste são dosados anticorpos específicos contra uma grande variedade de alérgenos, como: frutas, grãos, peixes e frutos do mar, proteínas de porco e vaca, ovos e laticínios, alérgenos inalantes, como pêlos de animais, insetos, poeira e gramíneas, drogas, fungos e alérgenos ocupacionais.
 
Asma

A asma é uma doença crônica que causa obstrução das vias respiratórias, promovendo sensação de cansaço, falta de ar, chiados, aperto no peito e tosse. Estima-se que 7,2% da população tenha asma, número que vem aumentando significativamente, com um incremento de 73% do número de casos na faixa etária de 5 a 14 anos. As crianças são mais afetadas do que os adultos, principalmente nos 4 primeiros anos de vida, porém o quadro tende a regredir com a idade, e apenas uma em cada cinco crianças asmáticas será um adulto asmático. Medidas preventivas são fundamentais e incluem: controle ambiental (evitar exposição à substâncias que produzem alergia, ao fumo e a cheiros fortes), estar atento a alterações bruscas de temperatura, ao uso de certas drogas, a estresse emocional, atividade física e infecções respiratórias.

O que é asma?
É também chamada de asma brônquica ou bronquite, e é caracterizada por uma reação exagerada do sistema respiratório (traquéia e brônquios) à determinadas substâncias e partículas, denominadas de alérgenos. Os principais sintomas são: cansaço, falta de ar, chiado, aperto no peito e tosse, reversíveis espontaneamente ou através de Tratamento.

O que são alérgenos?
São substâncias capazes de provocar alergias. Os principais alérgenos inaláveis são os fungos (mofo), os pêlos de animais (gato e cão, principalmente), os ácaros, a poeira domiciliar, os pólens, a lã e até fragmentos de insetos. Os alérgenos alimentares incluem frutas, frutos do mar, proteínas de vários tipos de carne e ovo, entre outros.

O que é atopia?
Atopia é a propensão que um indivíduo tem de apresentar uma resposta do sistema imunológico à substâncias e partículas comuns, como os alérgenos inaláveis ou alimentares. Essa resposta imunológica é promovida pela produção de um anticorpo chamado imunoglobulina E (IgE), e algumas pessoas nascem com predisposição genética a apresentar reações devido ao aumento desse anticorpo.

Por que algumas pessoas apresentam asma?
Cerca de 50% dos pacientes asmáticos é atópico ou alérgico. Nesses casos, os primeiros sintomas ocorrem na infância e tendem a regredir na adolescência. A asma conhecida como não alérgica ou idiopática, é caracterizada por aparecer na vida adulta. Esses pacientes dificilmente apresentam história de familiares com a doença. Porém, todos os pacientes com asma, alérgicos, atópicos ou não, apresentarão os mesmos sintomas. Nos asmáticos atópicos, os ataques podem ser desencadeados tanto por fatores alérgicos como não alérgicos.

O que provoca os ataques de asma?
As crises de asma podem ser desencadeadas após contato com alérgenos inalantes ou ingeridos nos alimentos. Outros fatores são: infecções do trato respiratório, exercícios físicos, exposição a cheiros fortes, substâncias químicas, fumo, sensibilidade a algumas medicações e fatores de ordem psicológica.

ASMA

Como é feito o diagnóstico da doença?
O diagnóstico clínico é feito através da história clínica e do exame físico realizado pelo seu médico. Existem vários exames complementares, que poderão ser indicados pelo seu médico, conforme o caso de cada paciente.

A asma tem cura?
Ainda não podemos afirmar que a cura existe, pois se trata de uma doença com um mecanismo complexo e múltiplos fatores envolvidos. Mas é uma doença que pode ser controlada. Entretanto, medidas preventivas são fundamentais para o controle da doença e incluem controle ambiental (evitar exposição aos alérgenos inalatórios) e outras medidas relacionadas aos fatores envolvidos no desencadeamento da asma. Existem vários produtos disponíveis para o tratamento de crises, assim como medicações para a prevenção das mesmas, que serão selecionados pelo seu médico.
 
Câncer de Colo de Útero
O câncer do colo uterino é um tumor maligno de progressão relativamente lenta e que não manifesta sintomas na sua fase inicial. O diagnóstico precoce do câncer de colo de útero permite reduzir a mortalidade em até 70%. O exame preventivo consiste na coleta de material do colo uterino. Esse exame deve ser realizado periodicamente em todas as mulheres com vida sexual ativa e naquelas que apresentam alterações no ciclo menstrual. Vários fatores de risco já foram identificados para o desenvolvimento de câncer de colo uterino, entre eles o HPV (papilomavírus humano). Existem técnicas capazes de diagnosticar o HPV e distinguir seus diferentes subtipos, auxiliando na prevenção do câncer.

O que é câncer de colo uterino?
É o segundo tumor maligno mais freqüente na população feminina, sendo superado apenas pelo câncer de mama.

É possível prevení-lo?
Sim, esse é um tumor que pode ser prevenido, uma vez que sua progressão é relativamente lenta e o exame preventivo permite detectar de forma eficiente as lesões precursoras. Esse exame consiste na coleta tríplice de material do colo do útero (região externa e interna) e da vagina (fundo de saco). É um exame de baixo custo e indolor. Sua realização periódica permite reduzir 70% da mortalidade por câncer de colo de útero.

Quando realizar o exame preventivo?
Toda mulher com vida sexual ativa deve se submeter anualmente ao exame preventivo periódico. O exame também deve ser realizado em mulheres que apresentem alterações no ciclo menstrual ou sangramentos vaginais entre dois períodos Menstruais.

O câncer de colo de útero apresenta sintomas?
O câncer de colo de útero não apresenta sintomas na sua fase inicial. O principal sintoma do câncer já localmente invasivo é o sangramento.

Existem fatores de risco para o câncer de colo de útero?
Sim. Vários são os fatores de risco identificados para o câncer de colo de útero, como:
- início precoce da atividade sexual
- pluralidade de parceiros
- falta de hábitos de higiene
- fumo
- uso prolongado de contraceptivos orais
Estudos mostram ainda a associação do câncer de colo de útero com o papilomavírus humano (HPV).

É possível diagnosticar o HPV?
Sim. Atualmente, técnicas de biologia molecular permitem diagnosticar o HPV e distinguir seus diferentes subtipos. A identificação dos diferentes tipos de HPV é fundamental, uma vez que estudos indicam que alguns subtipos de HPV, definidos como de alto risco, estão significativamente associados ao desenvolvimento de câncer de colo de útero.

Câncer de Mama
12Os casos de câncer de mama vêm aumentando muito nos últimos anos, até porque hoje a mulher vive mais do que antigamente. Para este ano são esperados mais de 40.000 novos casos. É a maior causa de mortalidade de mulheres entre 39 e 58 anos, sendo que as regiões Sul e Sudeste do Brasil são as mais atingidas. Geralmente o câncer de mama é "silencioso" e a mulher não apresenta sintomas. A prática clínica mostra que 75% dos casos são detectados pela própria mulher durante o auto-exame e, nesses casos, o tumor já ultrapassa 2cm. Através de um rastreamento mamográfico é possível se detectar mais precocemente os casos de câncer de mama e se obter uma redução da mortalidade de 30 a 70%.

O que é câncer?
O câncer é o resultado da multiplicação exagerada e descontrolada de algumas células que adquirem a capacidade de invadir estruturas sadias à sua volta. Eventualmente podem deslocar-se do seu local de origem, atingir a corrente sangüínea e alcançar outras partes do corpo. Quando essas alterações ocorrem no tecido mamário, temos o câncer de mama, que se manifesta, normalmente, sob a forma de um caroço ou nódulo palpável.

Todo nódulo palpável na mama é câncer?
Não. Existem tumores que não são denominados de câncer. Os cistos e os fibroadenomas podem ser palpáveis e não têm uma evolução ruim como o câncer de mama.

Além da palpação de nódulos, existem outros sinais sugestivos de câncer de mama?
O aparecimento de ínguas nas axilas, modificações da forma e tamanho das mamas, saída de secreção escura ou com sangue pelo mamilo e modificações na pele, na aréola mamária ou no mamilo podem ser sinais indicativos de câncer de mama.

Existe predisposição para o câncer de mama?
Sim, existem fatores de risco, que estão associados ao aparecimento do câncer de mama. Esses fatores devem ser identificados, pois permitem ao médico acompanhar seus pacientes individualmente e traçar condutas específicas para a prevenção.

Quais são os fatores predisponentes?
São considerados fatores de alto risco: a história familiar (mãe ou irmã com câncer de mama na pré-menopausa) e a presença de alterações genéticas (modificações nos genes associados ao câncer de mama – BRCA1 e BRCA2). A intensificação de medidas preventivas leva à detecção precoce das alterações, aumentando a chance de cura.

Qual o significado de predisposição genética para o câncer de mama?
A detecção das modificações nos genes associados ao câncer de mama – BRCA1 e BRCA2 – indica apenas uma predisposição, não sendo definitiva para o aparecimento de câncer de mama. Esse exame deve ser feito preferencialmente nos grupos de mulheres que apresentem uma história familiar de câncer de mama ou ovário.

Qual a vantagem do diagnóstico precoce?
O diagnóstico precoce do câncer de mama possibilita o tratamento em estágios iniciais da doença, evitando procedimentos mais radicais e aumentando as chances de cura.
Quais as estratégias para o diagnóstico precoce de câncer de mama?
A detecção precoce inclui três estratégias complementares:
- auto-exame – inspeção visual e palpação sistemática de cada mama pela própria mulher. Deve ser realizado geralmente entre o 7º. e 10º. dia após o início da menstruação;
- exame clínico das mamas – exame realizado pelo profissional de saúde rotineiramente durante a consulta;
- mamografia e ultra-sonografia – exames radiológicos.

O que é, mais detalhadamente, a mamografia?
A mamografia é um exame de raio-X das mamas. Na imagem radiográfica da mamografia o especialista consegue detectar alterações sugestivas de câncer e diferenciá-las das lesões benignas. Para a realização do exame é necessária a compressão dosada das mamas, sem a qual não é possível a visualização adequada do tecido mamário e a distinção das lesões. Apesar de ser considerada desconfortável por algumas mulheres, essa compressão não causa nenhuma agressão ao tecido mamário. Não é indicado que pacientes sensíveis realizem o exame na fase pré-menstrual, quando já existe uma sensibilidade aumentada nas mamas.

Qual a idade ideal para iniciar a realização dos exames de mamografia?
A primeira mamografia deve ser realizada entre 35 e 40 anos e controles periódicos anuais ou bianuais a partir dos 40 anos. Nas mulheres com história familiar importante, essa recomendação deve ser adiantada em 10 anos. A mamografia é o método de escolha para a detecção precoce do câncer mamário, pois consegue descobrir lesões mesmo antes de serem aparentes no exame físico. É recomendada como método de rastreamento, sendo indicada para todas as mulheres, independente da existência de sinais ou predisposição para o câncer.

O que é, mais detalhadamente, a ultra-sonografia de mama?
A ultra-sonografia das mamas não é método de rastreamento para câncer das mamas. Deve ser considerada como um importante adjuvante em algumas condições. A mais freqüente e importante é a determinação pela ultra-sonografia da composição de um nódulo detectado pela palpação e/ou pela mamografia. Também é bastante importante na orientação de punções desses nódulos, que podem ser cistos, passíveis então de serem aspirados e resolvidos, ou sólidos, podendo-se obter material com agulha fina ou grossa para estudo mais detalhado.
 
Doenças Sexualmente Transmissíveis
DSTs são doenças infecciosas transmitidas pelo contato sexual. Os agentes causais são fungos, bactérias, parasitas ou vírus. Os principais sintomas são corrimento vaginal ou uretral, úlceras genitais, vesículas ou verrugas na região genital. A presença dessas lesões é um sinal de alarme e o paciente deve procurar orientação médica. Nas hepatites e na AIDS, o contato sexual serve como porta de entrada do vírus, não tendo sinais locais específicos. O diagnóstico laboratorial deve ser indicado pelo médico assistente, pois varia de acordo com a suspeita clínica. A prevenção das DSTs consiste principalmente no uso de camisinhas e limitação do número de parceiros. Essas doenças são tratáveis ou, no caso de doença por vírus, podem ser controladas pelo uso de medicamentos.

O que são Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs)?
São doenças infecciosas transmitidas pelo contato sexual. Vários são os agentes que podem causar essas doenças: bactérias, fungos ou vírus, o que determina uma apresentação diferente para cada uma delas.

Quais são as DSTs?
Entre as DSTs temos a sífilis, a gonorréia, o cancro mole, a candidíase, o condiloma, o granuloma inguinal, algumas hepatites virais, o herpes simples genital, a infecção por clamídia, a infecção por ureaplasma, olinfogranuloma, a pediculose do púbis e a AIDS. A sífilis e a gonorréia são as duas doenças mais comuns.

Quais são os principais sintomas dessas doenças?
De maneira geral as DSTs aparecem como corrimentos vaginais ou uretrais, úlceras genitais, tumorações na virilha, pequenas vesículas (bolhas de conteúdo líquido) ou verrugas em região genital. Muitas vezes os principais sintomas são a coceira e a dor no local da lesão. Em alguns casos, como nas hepatites e AIDS, a parte genital serve apenas como porta de entrada, não tendo sinais especiais nesses locais. O surgimento de qualquer um desses sinais ou sintomas indica a necessidade de procurar um médico. Não procure resolver a situação apenas com amigos ou profissionais de áreas paramédicas. Essas doenças podem ter conseqüências quando não diagnosticadas e tratadas corretamente.

Como diagnosticar essas doenças?
A consulta ao médico é indispensável para diagnosticar uma doença sexualmente transmissível. Esse profissional tem o conhecimento para diferenciar as diversas formas de apresentação das doenças e indicar qual o exame laboratorial mais adequado para comprovar, definitivamente, a presença da DST. Os testes podem ser realizados com material da lesão genital ou pela pesquisa de marcadores da doença no sangue (sorologias). Como algumas lesões podem ser semelhantes, mesmo em doenças diferentes, o médico pode solicitar mais de um teste laboratorial para ter certeza do tipo de DST.

Existe tratamento para as DSTs?
Existe tratamento para todas as doenças sexualmente transmissíveis, e para aquelas ocasionadas por bactérias ou fungos, existe cura após o tratamento. Para aquelas cujo agente causal é um vírus, existe controle medicamentoso.

Existe alguma forma de prevenir essas doenças?
A prevenção das Doenças Sexualmente Transmissíveis baseia-se no uso de camisinhas durante toda a relação sexual. A limitação da quantidade de parceiros sexuais diminui a chance de contato com os agentes dessas doenças. A presença de qualquer lesão em genitália ou secreção vaginal/uretral deve servir como sinal de alarme. Nesses casos, até que se consulte um médico, o contato sexual deverá ser evitado.

As DSTs podem ocasionar complicações?
Sim. As pessoas com DSTs, por apresentarem lesões em genitália, têm até 18 vezes mais chances de contaminação pelo vírus do HIV. As infecções pelo papilomavírus ou pelo vírus da hepatite B estão relacionadas com o aparecimento de câncer. Os fetos de pacientes infectadas por sífilis podem nascer com malformações. A infertilidade é uma das complicações das pessoas infectadas pela gonorréia.

Hipertensão Arterial
A hipertensão arterial é sabidamente uma doença que afeta não somente o coração, mas pode trazer conseqüências graves para os rins, olhos e outros órgãos. Essa doença sistêmica pode ser evitada com cuidados básicos e desenvolvimento de hábitos salutares.

O que é pressão arterial?
Quando o coração bombeia o sangue para o corpo, exerce uma pressão nas artérias (canos condutores do sangue) que varia dependendo do momento de contração desse órgão. O momento em que o coração está contraído para expulsar o sangue é chamado de sístole e a pressão nesse momento recebe o nome de sistólica ou pressão máxima. No momento de relaxamento do coração a pressão é chamada de mínima ou diastólica, pois o nome médico desse período é diástole.

O que é hipertensão arterial?
A hipertensão arterial ocorre quando os níveis de pressão arterial estão acima de valores de referência para a população geral. Apesar do valor normal de pressão arterial ser de 120x80 mmHg, considera-se alteração de pressão apenas quando os valores forem superiores a 140x90 mmHg. Qualquer indivíduo pode apresentar, esporadicamente, níveis de pressão arterial maiores que 140x90 mmH, sem que seja considerado hipertenso. Somente a manutenção de níveis permanentemente altos em múltiplas medições, em diferentes horários, em várias posições e condições (repouso, sentado ou deitado) caracteriza a hipertensão arterial. A medida da pressão arterial deve ser realizada apenas com aparelhos confiáveis.

Como saber se a pressão arterial está aumentada permanentemente?
O diagnóstico do aumento permanente da pressão arterial pode ser obtido pela medida da pressão em várias condições ao longo do dia. Nem sempre é possível que todas essas avaliações sejam feitas por profissionais habilitados e em equipamentos confiáveis. Dessa maneira, o seu médico pode solicitar que você realize um exame chamado de Monitoração Ambulatorial da Pressão Arterial (MAPA). Esse teste consiste na adaptação de um aparelho de medição de pressão a um monitor que registra todas as medidas realizadas em períodos determinados. Depois de colocado no paciente o sistema realiza várias medidas da pressão arterial ao longo de 24 horas. O exame fornece um relatório com todas as medidas de pressão, possibilitando o diagnóstico correto da permanência de elevação da pressão arterial.

A hipertensão arterial é uma doença freqüente?
Sim. A hipertensão arterial é uma das doenças mais freqüentes em todas as partes do mundo. Um em cada cinco brasileiros é portador de hipertensão arterial. A doença tem uma tendência a aumentar de freqüência em pessoas com idades mais avançadas.

Quais os sintomas da hipertensão arterial?
Na maioria dos casos nenhum sintoma é observado. Quando ocorrem, são sintomas vagos e comuns a outras doenças, como: dor de cabeça, tonteira, cansaço, enjôos, falta de ar e sangramentos nasais.

O que causa a hipertensão arterial?
Em 95% dos casos a causa da doença é desconhecida. Nesses indivíduos ocorre aumento da rigidez das paredes arteriais, fato favorecido pela herança genética em 70% dos casos. Logo, se seus pais ou parentes próximos são hipertensos, você tem probabilidade de desenvolver a doença.

Existe forma de prevenir o aparecimento da hipertensão arterial?
Sim. Evitando os fatores de risco para essa doença, como: fumo, excesso de peso, consumo abusivo de sal, falta de exercícios e sedentarismo, uso de pílulas anticoncepcionais acima de 35 anos e abuso de álcool.

Quais as complicações mais freqüentes?
As complicações mais freqüentes estão relacionadas à deficiência de circulação sangüínea nos órgãos mais importantes do nosso corpo e incluem: no coração – infarto do miocárdio, insuficiência cardíaca, miocardiopatia; no cérebro – derrame cerebral; nos rins – insuficiência renal; nos olhos – diminuição da visão e problemas na retina.

Existe cura para a hipertensão arterial?
Não. Porém, existe possibilidade de um controle bastante eficaz. O diagnóstico de hipertensão deve significar uma reformulação de hábitos, que favorecerá o funcionamento de todo o seu organismo. Cuide-se e mude desde já:
- Faça uma alimentação saudável, com pouco sal ou gordura
- Pratique exercícios físicos
- Pare de fumar
- Evite o álcool
- Evite o stress
- Mantenha-se dentro do peso ideal
- Controle periodicamente sua pressão arterial
- Mantenha seu colesterol sob controle
Esses cuidados irão garantir a você uma vida mais saudável, evitando que a hipertensão arterial limite a sua qualidade de vida!

Obesidade
Atualmente a obesidade é considerada uma epidemia mundial e mais da metade dos adultos tem peso além do considerado normal. E entre crianças e adolescentes, 13% têm sobrepeso ou obesidade. A obesidade é resultante de vários fatores, sendo os principais a interação entre o componente genético e o meio ambiente. É sabido que a alimentação rica em gordura, associada a um estilo de vida sedentário, está ligada ao aumento da prevalência da obesidade em várias populações. O tratamento adequado implica em uma alteração do estilo de vida e dos hábitos alimentares. Em casos selecionados pelo médico assistente, medicamentos podem ser associados

O que é obesidade?
É uma doença caracterizada por aumento da gordura corporal, que pode levar a várias outras doenças e até à morte mais precoce.

Como caracterizar se uma pessoa é obesa?
O Índice de Massa Corporal (IMC) é uma medida simples do grau de obesidade. Consiste na divisão do peso (em quilogramas) pelo quadrado da altura (em metros). Por exemplo: em uma pessoa com 90kg e 1,70m o IMC será: 90/1,70 x 1,70 = 32,1. Pessoas com IMC entre 20 e 24,9 têm peso normal; entre 25 e 29,9 têm sobrepeso e com 30 ou mais são obesas.

Que outros fatores são importantes na pessoa obesa?
Além do IMC, a distribuição da gordura corporal também é importante. A obesidade mais grave é a do tipo visceral, isto é, relacionada com o acúmulo de gordura na região do abdômen. Esta é a mais freqüentemente associada às alterações cardiovasculares.

Quais são as principais doenças associadas à obesidade?
- Hipertensão arterial
- Diabetes mellitus
- Alterações das gorduras no sangue (dislipidemias)
- Doença coronariana (que predispõe ao infarto)
- Doenças reumatológicas e ortopédicas

Por que uma pessoa se torna obesa?
A obesidade ocorre quando não há um balanço entre o que é ingerido nas refeições e o que o organismo gasta nas suas atividades. Quando um indivíduo ingere alimentos, estes servem para produzir a energia necessária para o funcionamento do corpo. Se sobra energia, ou porque a ingestão foi grande ou porque a atividade foi insuficiente para usar a energia produzida, esta é transformada em gordura. O acúmulo de energia armazenada sob a forma de gordura leva à obesidade.

Existem fatores predisponentes para a obesidade?
Vários são os fatores que influem para que se instale a obesidade, e o fator genético é um dos mais importantes. Pessoas de famílias com obesidade têm maior tendência a serem também obesas. Com menos freqüência, outras doenças, como as endócrinas, podem estar associadas à obesidade. O médico é a pessoa indicada para fazer o diagnóstico diferencial se um indivíduo apresenta a obesidade primária ou se esta é associada a uma outra doença.

Como prevenir a obesidade?
Alimentar-se corretamente e evitar o sedentarismo são as principais armas para se evitar o aumento progressivo de peso que pode chegar à obesidade.

Qual o tratamento ideal para a obesidade?
O tratamento da obesidade somente deverá ser realizado sob orientação médica. Após o diagnóstico diferencial, este poderá estabelecer um programa de reeducação alimentar, com a adequação tanto da quantidade como da qualidade dos alimentos ingeridos. Associada à alimentação adequada, a prática de exercícios físicos, também sob indicação e supervisão médica, visa aumentar a massa muscular e o gasto de calorias, favorecendo o emagrecimento. O tratamento com medicações, tanto as que auxiliam na diminuição da ingestão de calorias, como as que diminuem a absorção das gorduras no intestino, poderá ser prescrito pelo médico assistente em casos selecionados.

Osteoporose
A osteoporose é uma doença caracterizada pela diminuição da densidade óssea, na qual os ossos se tornam suscetíveis a fraturas. Através da densitometria óssea é possível avaliar a perda de massa óssea. Esse exame é realizado conforme a indicação do médico assistente, especialmente em mulheres após a menopausa ou nos pacientes que apresentem outros fatores de risco para osteoporose. Antes que a doença se instale, medidas preventivas, como dietas ricas em cálcio, exposição ao sol, que atua na formação de vitamina D, e atividades físicas que aumentem o tônus muscular são Importantes.

O que é osteoporose?
É uma doença do osso caracterizada pela diminuição da densidade óssea, ou seja, o osso torna-se mais fino e poroso. Essa alteração enfraquece o osso, tornando-o mais suscetível a fraturas após algum trauma ou espontaneamente.

Quais são as principais causas?
Muitas causas podem estar envolvidas, incluindo fatores genéticos e ambientais. Entre os fatores de risco para osteoporose podemos citar: história familiar de osteoporose; pessoas de raça branca, baixas e magras; mulheres após a menopausa, sem reposição hormonal; idade avançada, em ambos os sexos; uso de determinadas medicações (cortisona, heparina, medicações para epilepsia); doenças que levem à imobilização ou ao repouso prolongado; alimentação deficiente em cálcio e vitamina D; alcoolismo, tabagismo; uso excessivo de café e doenças de evolução prolongada que afetem a calcificação do osso, como algumas doenças reumatológicas, endócrinas, genéticas e hepáticas.

Quais são os principais sintomas?
A osteoporose é um “ladrão silencioso” que, de maneira lenta e progressiva, rouba as reservas guardadas durante décadas até que o osso fique tão fraco que não suporta o esforço mecânico, ocorrendo a fratura. As conseqüências mais comuns são a fratura por compressão das vértebras (achatamento da coluna levando a uma diminuição de estatura), fraturas de quadril, punho e costelas, entre outros locais. Pode ocorrer dor, dependendo do local acometido.

Como diagnosticar a osteoporose?
A densitometria óssea é um exame que fornece a medida quantitativa da perda de massa óssea. O exame não é invasivo ou doloroso. A maior parte das avaliações mede a densidade do osso em pelo menos dois locais: coluna lombar e fêmur. A comparação dos resultados obtidos pelo paciente, com valores de referência para uma população semelhante (em idade e sexo) possibilita verificar o quanto existe de comprometimento do osso. O teste deve ser realizado em todas as mulheres após a menopausa ou com queixas sugestivas de Osteoporose.

Como prevenir?
É mais eficaz prevenir a osteoporose do que tratá-la. As medidas de prevenção incluem uma alimentação rica em cálcio como leite e laticínios, vegetais de folhas verdes, carnes e peixes; tomar sol, necessário para a formação de vitamina D no organismo; atividade física com peso (além de seus efeitos diretos sobre o osso, o exercício aumenta o tônus e a massa muscular, melhorando o equilíbrio e prevenindo as quedas); e a diminuição dos fatores que predispõem à osteoporose, relacionados anteriormente.

A osteoporose tem tratamento?
Sim. Uma vez que o médico diagnostique que há osteoporose e qual a causa da mesma, poderá determinar quais as medidas necessárias ao tratamento que podem ir desde a prática de exercícios e alimentação rica em cálcio, até o uso de medicações específicas.

Tabagismo
17O tabagismo é responsável por diversos transtornos no organismo decorrentes da ação de substâncias como a nicotina, o monóxido de carbono e o alcatrão presentes na fumaça do cigarro. Além de provocar efeitos diretos, como aumento da freqüência cardíaca e da pressão arterial, enfisema pulmonar, entre outros, o tabagismo pode causar dependência psíquica pela sua atuação no Sistema Nervoso Central. Cerca de 80 a 90% dos casos de câncer de pulmão e doenças pulmonares obstrutivas crônicas estão associados ao tabagismo. Outras doenças como doenças coronárias, cérebro-vasculares e úlceras gástricas também estão relacionadas ao uso de cigarros. Os riscos no desenvolvimento de doenças decorrentes do uso de cigarros se reduzem com a interrupção do uso do mesmo, embora esse efeito não seja imediato.

O que é o tabagismo?
Tabagismo é doença, conceituada pelo Código Internacional de Doenças, como sendo um grupo de transtornos mentais e de comportamento, decorrentes do uso de substâncias psicoativas (drogas de atuação sobre o Sistema Nervoso Central).

Quais as substâncias presentes na fumaça do cigarro?
São aproximadamente 5 mil elementos diferentes contidos na fumaça do cigarro, dentre eles a nicotina que ocasiona aumento da freqüência cardíaca, aumento da pressão arterial, favorece a aterosclerose, a formação de úlceras gástricas, diarréia e enfisema pulmonar. Além dessas circunstâncias, a dependência psíquica é importante. Essa droga age sobre o SNC como a cocaína, chegando a estimulá-lo em 2 a 4 segundos. O monóxido de carbono tem facilidade de se ligar à hemoglobina, que é parte integrante das hemácias, e responsável por levar o oxigênio aos tecidos. Logo, sua existência dificulta que os tecidos recebam condições favoráveis para sua sobrevivência. O alcatrão é composto por aproximadamente 40 substâncias causadoras de câncer (carcinogênicas).

Cigarros de baixo teor são melhores?
O artifício de diminuir os teores de nicotina leva o fumante à necessidade de tragadas mais profundas e ao aumento do número de cigarros ao dia. O que faz da tentativa de redução um fracasso efetivo.

Quais as principais doenças associadas ao fumo?
- Câncer: o fumo é responsável por 30% das mortes por câncer, e por 90% dos casos de câncer de pulmão.
- Doenças coronarianas: 25% dos casos de angina e infarto decorrem do fumo.
- Doenças cérebro-vasculares: 25% dos casos de derrames cerebrais associam-se ao fumo.
- Doenças pulmonares obstrutivas crônicas: 85% relacionam-se ao uso do cigarro. Outras doenças, como aneurismas arteriais, úlceras digestivas e infecções respiratórias estão também ligadas ao tabagismo.

O fumo atua na reprodução?
De forma bastante acentuada. Inicialmente a taxa de fertilidade é menor nas mulheres fumantes. No caso da gravidez ocorrer há possibilidade de parto prematuro, abortamento e menor crescimento do feto. O uso de 1 a 4 cigarros/dia já é suficiente para que essas circunstâncias ocorram.

TABAGISMO Parei de fumar, não existem mais riscos?
Os riscos se reduzem de 50 a 70%, muito embora não de imediato. Os malefícios acarretados pelo tabagismo demandam anos para serem refeitos. Porém, caso a utilização do cigarro não seja interrompida a tendência natural é de efeito nocivo cada vez maior.